17 novembro 2007

Xenofobia e racismo na U.E.

A maioria das pessoas costuma creditar "todos os problemas do mundo" aos E.U.A e ter, ao mesmo tempo, uma visão romântica da Europa. Essa visão é tão enganosa quanto aquela que atribui ao Brasil a pecha de paraíso na Terra. A Europa sempre foi palco de desgraças sociais, e as piores delas sempre foram o racismo e a xenofobia.

Uma doutrina racista é toda crença na superioridade de uma raça sobre todas as outras; se apenas uma raça encontra-se no cume hierárquico, ela deve ser preservada, seja através da eliminação de todas as outras, seja através da endogamia racial. A xenofobia (xénos, estrangeiro + phob, r. de phobein, ter aversão) é a aversão que uma pessoa ou um determinado grupo tem em relação a pessoas estrangeiras. São dois fenômenos diversos, porém estão relacionados à noção de grupo (sentimento de pertença e/ou identidade, conforme o caso); são reflexos da concepção sistemática de Sociedade, embora não se possa afirmar se pertencem exclusivamente às concepções organicistas ou mecanicistas. O certo é que o racismo é um sistema de crença e a xenofobia uma sociopatia.

O receio das autoridades comunitárias da União Européia (U.E.) em relação ao racismo fez com que os representantes governamentais europeus criassem o Observatório Europeu do Racismo e da Xenofobia (atual
Agência dos Direitos Fundamentais da União Europeia). Esse órgão comunitário tem a função de mapear, fiscalizar e reportar os casos de xenofobia e racismo, ajudando a U.E. a traçar estratégias políticas para conter o avanço desses sentimentos no território europeu. Isso porque a U.E. precisa incentivar a emigração para seu território - vez que sua mão-de-obra e número de jovens decrescem todos os anos. Além do mais, a livre circulação de pessoas e fatores de produção no espaço comunitário (um dos pilares da integração européia) pode ser afetada, na medida que a xenofobia impeça que trabalhadores dos países semi-periféricos (do Leste Europeu) se desloquem às grandes capitais européias em busca de trabalho.

Seja como for, a Europa não é (e nunca foi) um "paraíso social". O espaço de tolerância que aqui pode existir depende sempre do limitado contato dos povos nativos com os estrangeiros. O certo é dizer que aqui existe de tudo. Porém, o mais certo é dizer que sempre existe mais calor humano quando é maior o respeito mútuo entre os indivíduos.

2 comentários:

Anônimo disse...

Achei muito interessante esse tópico do blog, que foi de muita importancia para minha pesquisa. As informações são muito BOAS!!!


Valew!

Anônimo disse...

Gostei muito das informações do blog, elas me ajudaram muito!!!


Valew!!

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