31 março 2007

A informação e a condição humana

“If people really knew [the truth], the war would be stopped tomorrow. But of course they don’t know, and can’t know.” (David Lloyd George, acerca da Primeira Guerra Mundial).

Existe uma mudança no pragmatismo da Educação nas sociedades que vivem a pós-modernidade. Esta mudança ocorre graças ao novo sistema empregado na programação das personalidades individuais e é possível confrontá-la com sua antecessora - e é isto que se vai tentar fazer neste post.

Há 50 anos atrás, as pessoas eram programadas em escolas, basicamente por meio do modelo hierarquicamente organizado "professor-alunos", no qual a comunicação se dava, principalmente, por meio da experiência áudio-táctil e concreta, mediante um sistema de ensino planejado e centralizado; a verbalização e a linguagem escrita eram condicionantes do processo de aprendizado e, desta forma, o único caminho à perpetuação da História/modelo social.

27 março 2007

A nova Ciência

“The Universe is a continuum; but our knowledge of it is departmentalized. Every learned Society is a pigeonhole, every University a columbarium." (Aldous Huxley).

Faz alguma confusão imaginar o pensamento humano diluído. Pensar no conhecimento em compartimentos é negar o fato de uma universalidade do mesmo e da inabilidade do ser à atividade de pensar.

O grande responsável pelo "encaixotamento" do pensamento ocidental foi Aristóteles; quando criou as disciplinas, tutelou e escravizou o pensamento humano, numa tentativa de dar-lhe uma maior coerência. Mas aí já vão centenas de séculos, e a humanidade hoje prescinde desta esquizofrenia intelectual. Quando se observa o entrelaçamento das ciências humana e de saúde, ou de saúde e tecnológica, ou qualquer outra forma de combinação dos saberes, percebe-se que, cada vez mais, todos os ramos do conhecimento humano estão interdependentes. Quando se faz uma afirmação desta monta, protestos surgem de todos os lados; protestos positivistas, compartimentalistas, enquadracionistas, absolutistas... "Síntese!" ou "Unidade!" ou "Autonomia!" são as "palavras de ordem" e progresso que se vazem ouvir por todos os corredores das instituições de ensino, quando, na realidade, o quê se deveria buscar era o tal universalismo do saber e uma nova forma de se construírem as relações de poder social. Como assim, poder social? Ora, não se guarda segredo da íntima relação existente entre Saber e Poder, sendo desnecessário traçar as origens greco-judaico-romanas desse vínculo - pois, se os gregos criaram os fundamentos da razão humana, os romanos trabalharam a política e o Direito, cabendo aos judeus separar estes campos do pertencente à religião. Com o advento ou contínuo aprimoramento do saber, chegou-se à Ciência e ao laicismo e é isto o que interessa discutir aqui - mesmo que brevemente.

África: os problemas de sempre

Muito se questiona acerca dos problemas em África e possíveis soluções. Compreender aquele continente é tentar auscultar a História e tentar perceber a humanidade e a espécie humana. Saber que as populações que ali vivem têm um passado não-ocidental e, da mesma forma, não sujeito ao modelo de modernidade Europeu/Ocidental já é um grande passo para descortinar uma realidade muito além da compreensão da maioria dos não-africanos.

Levando-se em consideração as formações humanas daquela região do globo, pode-se imaginar um universo complexo de relações intersubjetivas; ali, existem divergências culturais, políticas, religiosas, tradicionais e jurídicas que destoam, em muito, dos modelos que lhe são impostos como soluções aos "problemas" que ali existem. Há, ainda, a diferença endógena das populações das grandes cidades africanas "ocidentalizadas" do litoral e os outros tipos de formação social que o Continente alberga. Existe, também, grande dificuldade de proteção ao direito fundamental de acesso à terra, devido à mobilidade geográfica dos povos que habitam aquele espaço físico, tendo-se em consideração que o nomadismo é uma prática rotineira em milhares de agrupamentos humanos e fica difícil de se prestar ajuda humanitária àqueles que passam fome. Hoje, com o avanço do capitalismo excludente em território africano, há cada vez menos espaço para essas populações nômades viverem do seu extrativismo (a questão da grande propriedade agro-industrial). Para além disso, as fronteiras estatais artificialmente criadas durante o longo imperialismo colonial europeu ora separaram, ora uniram tribos e etnias rivais que ainda hoje disputam territórios e poder sobre outros grupos humanos.

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