05 março 2008

O irmão do Diretor da Polícia Nacional da Colômbia é narcotraficante

A contra-informação é uma das formas de se polarizar o debate, por meio da inserção de contra-argumentação aos fatos postos pela mídia comercial/convencional. A mídia convencional ou comercial sobrevive da venda de anúncios e propaganda de grandes empresas e corporações internacionais - quando não é controlada por elas, no mercado de ações. Assim, se não há descrédito imediato às opiniões ali depositadas, deve haver, pelo menos, certa margem para a dúvida e a desconfiança.

O recente incidente entre Colômbia (agressor) e Equador (agredido) fere todos os tratados de paz e assistência mútua assinados entre os países do grande Continente Americano. A política externa norte-americana começa a centrar sua força no solo Latino Americano, desgastada que estava a Casa Branca pelas guerras do petróleo no Oriente Médio. O discurso yankee muda de tom; antes, sua intervenção na Colômbia servia para combater o narcotráfico; agora, combate o terrorismo das FARC. Ora, os EUA nunca permitirão o nascimento de outra Cuba em solo ameríndio! E toda desculpa além disso é embuste. O bombardiamento (raid) do território equatoriano não é atitude ideológica (apenas): é ação atentatória ao Direito Internacional, constituindo-se em ato de guerra e violência que somente será obliterada por muita ação diplomática, nos próximos dias.

Isso posto, passamos a reproduzir uma reportagem colocada no ar pela Agência Bolivariana de Notícias e reproduzida no site da Fundação Lauro Campos. Antes de mais nada, é bom relevar que o diálogo de idéias não deve se dar apenas pelo mote da imprensa dominante; antes de mais nada, é preciso dar o benefício da dúvida àqueles que estão dispostos a negociar.
Caracas, 3 de março. ABN - O narcotraficante Wilmer Varela, aliás “Jabón”, tem laços de consangüinidade e de negócio com o diretor da Polícia Nacional da Colômbia general Oscar Naranjo Trujillo, informou nesta segunda-feira o ministro do Poder Popular para as Relações Interiores e Justiça Ramón Rodríguez Chacín.

O titular do Despacho do Interior e Justiça venezuelano saiu ao passo das declarações do diretor da Polícia Nacional da Colômbia, o qual o relacionou com membros das Fuerças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC), a raiz de documentos encontrados num computador do supostamente deposto segundo líder da guerrilha, aliás “Raúl Reyes”.

O funcionário venezuelano deu a conhecer que o capo Wilmer Varela foi assassinado em Mérida, estado venezuelano, no passado 29 de janeiro de 2008, presumidamente por sicários relacionados com o alto funcionário do Governo da Colômbia.

Indicou ademais que o narcotraficante assassinado, com quem se relaciona o diretor da polícia colombiana, estava solicitado pelo DEA e era sinalizado por enviar aos Estados Unidos 70% da cocaína que ingressa em dito país.

Nesse sentido, informou que num computador que se encontra em mãos do Governo venezuelano, se evidencia que por temor a que "Jabón" fosse capturado pelos corpos policiais venezuelanos e oferecesse informação que envolveria o alto governo colombiano, foi mandado assassiná-lo.

"Este computador registra que pagaram suborno ao ministro da Defesa colombiano Juan Manuel Santos, para que este general Naranjo ocupasse um comando no alto Governo da Colômbia”, apontou Rodríguez Chacín. Igualmente, o ministro do Interior e Justicia assinalou ademais que o narcotraficante colombiano preso en Colônia Alemania, Juan David Naranjo Trujillo, é irmão do diretor da Polícia Nacional colombiana, o qual resultou ser um dos seus sus enlaces e sequazes na nação vizinha.

Detalhou que Juan David Naranjo Trujillo se encontra privado da liberdade desde 27 de março de 2007, ao ser surpreendido com 25 quilogramas de cocaína.

Rodríguez Chacín denunciou que el Governo colombiano está utilizando uma manobra fascista de misturar verdades com mentiras para confundir a comunidade internacional.

"Quanta desfaçatez para dizer que Rodrigo Granda foi capturado na Colômbia, quando foi mentira?”, expressou o funcionário venezuelano. Indicou que se trata de una manobra santanderista, de enganar, mentir y difamar, tomando meias verdades e muitas mentiras. “Santander lá e Páez aquí” expressou o ministro.

Do mesmo modo, destacou que “falam de uma relação com minha pessoa e o comandante Iván Márquez quando isso é um fato público e comunicado pelas relações necessárias para processos de libertação” disse. Detalhou que dita relação a teve durante a visita do líder guerrilheiro à cidade de Caracas, no marco das gestões para um acordo humanitário.

Reiterou que a invasão de tropas colombianas em território equatoriano é uma realidade tangível e corresponde a uma violação flagrante do direito internacional.

“Essa é a verdade, aqui há um fato real ineludível de violação da soberania de um país irmão. Ante essa situação, tratam de enganar e por isso aduzem a um computador que os fascistas colombianos e norte-americanos manejam a seu antojo para validar qualquer mentira”, expressou o titular do Interior e Justicia. Precisou que se trata de uma doutrina de guerra preventiva fascista, utilizada por EEUU e Israel.

Entre outros temas, o ministro considerou vergonhoso que na localidade de San José del Guaviare, na Colômbia, tropas norte-americanas observassem com desprezo a ação humanitária que a Venezuela levava a cabo em prol da liberação de retidos pelas Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC). Igualmente destacou: “Não é a primeira vez que eu o vejo. Ademais, em tropas especiais da Colômbia, havía um oficial colombiano à frente, mas eles esperavam a ordem das tropas norte-americanas para atuar”.

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